segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Cerimônia de posse da Presidente do Conselho da Comunidade de Foz no CNPCP

                               

Cerimônia de posse da Presidente do Conselho da Comunidade de Foz no CNPCP

                                 

Na última sexta-feira, dia 03 de Outubro de 2014, a Dra. Luciane Ferreira - atual Presidente do Conselho da Comunidade de Foz do Iguaçu, assinou, em Brasília/DF, o Termo de Posse do seu ingresso no CNPCP (Conselho Nacional de Políticas Criminais e Penitenciárias).




Doutor Luis Antônio Bressani


Já na primeira reunião do Colegiado, a Presidente deste Conselho, Dra. Luciane Ferreira, teve a oportunidade de, junto aos demais Conselheiros,  tecer a minuta do indulto de 2014.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Índice de reincidência no crime é menor em presos das Apacs

Essa estrutura é replicada em quase 40 unidades prisionais pelo Brasil. Enquanto no sistema penitenciário comum 70% dos egressos voltam a cometer crimes segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na Apac esse número não ultrapassa 15%, de acordo com o mesmo órgão.

A estrutura da prisão funciona com poucos empregados, alguns voluntários e com a cooperação dos presos, que trabalham em todos os setores – até na portaria e na manutenção da disciplina.Em 42 anos de existência, suas unidades nunca registraram uma rebelião ou assassinato.
Isso faz com que o custo dos presos seja consideravelmente reduzido. Enquanto no sistema prisional comum, o custo mensal para manutenção de um preso varia entre R$ 1.800 e R$ 2.800, na Apac não ultrapassaria R$ 1.000.

Camas macias e banhos quentes

As celas do regime fechado em Itaúna, unidade da Apac mais antiga em funcionamento, abrigam quatro camas de cimento dispostas como beliches e cobertas por colchões de espessura média.
Apac de Itaúna (BBC Brasil)
Sistema é apontado como forma para ressocializar presos
Há um banheiro com chuveiro quente em cada uma dessas acomodações. O pátio é coberto por uma grade de ferro e pode ser frequentado a partir das 17h, quando termina o turno de trabalho.
É um pequeno paraíso frente ao que costuma ser oferecido na maioria dos presídios do sistema carcerário nacional. Um relatório do Conselho Nacional do Ministério Público, que avaliou 1.598 prisões entre março de 2012 e fevereiro de 2013, constatou que quase metade das unidades não possuía camas para todos os detentos e cerca de um quarto delas não oferecia nem mesmo um colchão. Água quente, só em um terço dos estabelecimentos.
Na memória dos recuperandos, as diferenças são ainda mais marcantes. "A experiência no sistema prisional comum marca muito pela humilhação", diz Marlon Samuel da Silva, 33 anos, preso há quatro anos por tráfico de drogas.
Ele afirma que "lá embaixo", como se refere à cadeia comum de Itaúna, os presos apanhavam frequentemente. "Cada dia era uma 'escama' em uma cela diferente", afirma.

Presos que cuidam de presos

Nas Apacs não há cercas elétricas nem câmeras de segurança. Um dos lados da unidade de Itaúna é delimitado apenas por uma cerca de arame farpado. No entanto, segundo seus administradores, há dez anos não há registro de fugas.
Contudo, segundo o CNJ, o índice geral de fugas em presídios que usam o modelo Apac ou semelhante – com sistema mais brando de segurança – costuma ser mais elevado que o do sistema prisional comum.
"Tratamos quem cumpre pena como sujeito de direitos e deveres. O ser humano tratado com respeito, responde com respeito", afirma o presidente da Fraternidade de Proteção aos Condenados (Fbac), federação que agrega as Apacs, Valdeci Antonio Ferreira.
Apac de Itaúna (BBC Brasil)
Unidades não têm cercas elétricas ou câmeras de segurança
Para os entusiastas do método, uma das razões para os bons resultados é a responsabilidade dividida com os que cumprem pena. "Esse índice de não-reincidência se deve ao compromisso que os próprios recuperandos (presos) assumem de se reajustar à vida de forma honesta", diz o juiz de Itaúna, Paulo Antonio de Carvalho, um dos responsáveis pela implantação do método na cidade.
Assim, são os detentos que assumem funções como manter a disciplina em uma prisão que conta com apenas dois inspetores de segurança desarmados por turno.
Organizados no chamado Comitê Sinceridade e Solidariedade (CSS), os presos resolvem cerca de 85% dos casos de indisciplina aplicando sanções que vão de advertência verbal a isolamento nas celas.
Atrasos para as atividades diárias, falta do uso de crachá, cabelos desarrumados, tudo pode render punições, pois a disciplina é rígida. Faltas mais graves, como porte de drogas ou celulares, são imperdoáveis e podem resultar no retorno ao sistema prisional comum.
Já a boa disciplina pode resultar em regalias, como aluguel de DVDs nos fins de semana e banhos de lua.

Método não é prioridade

As Apacs estão hoje distribuídas pelo Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Maranhão, Piauí e Minas Gerais, mas esse último tem 34 das 39 unidades.
O Tribunal de Justiça mineiro apoia os juízes na implantação do método em suas comarcas por meio do Programa Novos Rumos, criado em 2001. O Estado também aprovou uma lei que reconheceu as Apacs como aptas a firmar convênios com o governo. Desde então, verba governamental tem ajudado na construção – antes feita só com doações – e na manutenção das unidades prisionais.

Apac de Itaúna (BBC Brasil)
Os próprios detentos cuidam da administração do local
Essas prisões são instituições privadas, sem fins lucrativos, que podem cuidar da tutela dos presos. Tecnicamente, é necessário apenas que o juiz concorde em enviar os presos para essas unidades, gerenciadas pela sociedade civil.
De acordo com a Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais, a criação de uma vaga na Apac custaria R$ 27 mil, enquanto no sistema comum, esse valor oscilaria entre R$ 55 e 60 mil.
"Hoje, o melhor modelo para ressocialização dos presos é, com certeza, a Apac, mas ela é apenas uma das soluções", afirma o secretário de Defesa Social, Rômulo Ferraz.
Para o secretário, dois fatores impedem que o sistema penitenciário seja inteiramente baseado em Apacs. O primeiro é que nem todos os presos se adaptariam. "Não pela gravidade do crime, temos muitos homicidas nessas prisões, mas quando tratamos de lideranças de organizações criminosas é mais complicado", afirma.
A segunda dificuldade seria o tamanho da demanda. Esse modelo de prisão tem unidades pequenas, uma tentativa de individualizar as penas. "Uma das Apacs que serão construídas esse ano é em Uberlândia e abrigará 200 presos. Mas a cidade tem cerca de 2.500 detentos", diz

Atualizado em  20 de março, 2014 - 05:55 (Brasília) 08:55 GMT

Com menos de 1% dos detentos, Apacs são alternativa para ressocialização

Com menos de 1% dos detentos, Apacs são alternativa para ressocialização

Apacs não têm carcereiros armados
Apacs são unidades prisionais administradas por ONGs e entidades da sociedade civil que, apesar de abrigarem menos de 1% da população carcerária brasileira, são apontadas pelo Poder Judiciário como um modelo mais positivo de ressocialização de presos em relação às prisões tradicionais.

Não há agentes penitenciários armados armados nas Apacs, e as portas das celas ficam abertas durante o dia. Os detentos são responsáveis pela limpeza e pela preparação da comida.
Mas críticos dizem que o sistema facilita a fuga de detentos (não há dados consolidados a respeito).
Além disso, muitos veem com ressalvas o forte elemento cristão das Apacs.
A reportagem da BBC Brasil visitou a Apac de Itaúna (MG), criada a partir da mobilização de um grupo da Pastoral Carcerária da Igreja Católica nos anos 1980.
Imagens: Miguel Angel Herrera

Atualizado em  20 de março, 2014 - 05:54 (Brasília) 08:54 GMT

Player


Prisões-modelo apontam soluções para crise carcerária no Brasil

Prisões-modelo apontam soluções para crise carcerária no Brasil

Preso fabrica contêiner em prisão no Mato Grosso do Sul (Foto: Keila Oliveira / Agepen - MS)Presídios pequenos, onde os presos trabalham e estudam são considerados mais eficientes

Unidades prisionais pequenas, estímulo do contato dos detentos com suas famílias e com a comunidade, trabalho, capacitação profissional e assistência jurídica eficiente. Essas são algumas das características de prisões consideradas modelo que já funcionam pelo país. Elas estão sendo tratadas pelas autoridades como possíveis soluções para os problemas do sistema prisional brasileiro.
O sistema carcerário do país já foi classificado de "medieval" pelo próprio ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Entre seus principais problemas estão os assassinatos, a superlotação, a falta de infraestrutura e higiene, os maus-tratos, a atuação do crime organizado e os motins.
Há pouco mais de dois meses essa realidade veio à tona com a explosão de violência no complexo penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão – que resultou na intervenção da Força Nacional após o assassinato de cerca de 60 detentos no período de um ano.
A crise acabou sendo amenizada com ações emergenciais, mas, para analistas em segurança, a única forma de evitar explosões de violência como essa é fazer mudanças estruturais nos sistemas carcerários dos Estados.
A BBC Brasil ouviu uma série de juristas e especialistas no setor prisional para levantar os problemas e fatores que podem nortear esse tipo de mudança.

Raíz do problema

Segundo o especialista em segurança pública Cláudio Beato, professor da Universidade Federal de Minas Gerais, a violência dentro dos presídios está diretamente relacionada com a insegurança nas ruas.
Como o Estado falha em garantir a integridade dos presos em muitas unidades prisionais, segundo ele, para se proteger, os detentos se organizam em facções criminosas. Porém, esses grupos evoluem criando redes de advogados, formas de financiamento, obtenção de armas e assim elevam o crime para um nível mais nocivo, que afeta toda a sociedade.
"As prisões são as responsáveis pela mudança do patamar do crime no Brasil", afirmou.
A primeira forma de mudar a realidade carcerária seria então fazer o Estado cumprir seu papel de garantir a segurança dos detentos. Mas é mais difícil fazer isso em unidades prisionais enormes e superlotadas.
"Unidades (prisionais) pequenas e próximas da comunidade com a qual o detento tem laços: essa é a melhor forma para colaborar com a sua recuperação", afirmou o juiz Luiz Carlos de Resende e Santos, chefe do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário, um órgão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Segundo ele, há atualmente no sistema prisional do país algumas unidades que possuem essas características e poderiam ser tomadas como modelos.
Santos diz que, na maioria dos casos, o bom funcionamento dessas prisões está diretamente relacionado a uma determinada gestão ou administrador. Por isso, a maioria das boas experiências acabam surgindo e desaparecendo em um movimento cíclico.
Ainda assim, algumas delas têm perdurado por anos e estão chamando a atenção dos especialistas do setor.

Modelo Apac

Um dos modelos positivos citados por analistas é o da Apac (Associação de Proteção e Amparo aos Condenados). Ele funciona em mais de 30 unidades em Minas Gerais e no Espírito Santo e abriga aproximadamente 2,5 mil detentos.
O modelo tem uma forte ligação com a religião cristã – fato criticado por alguns especialistas. Suas características principais são proporcionar aos presos contato constante com suas famílias e comunidade, ensinar a eles novas profissões - como a carpintaria e o artesanato – e não usar agentes penitenciários armados na segurança.
Uma das principais vantagens do sistema é a baixa taxa de reincidência dos detentos no crime – entre 8% e 15%, segundo o CNJ. Nos presídios comuns ela pode chegar a 70%, de acordo com a entidade.
Mas para que o modelo dê certo, os presos (dos regimes fechado e semiaberto) que participam dele são cuidadosamente selecionados. Detentos com histórico de violência e desobediência, além de líderes de facções criminosas, geralmente não têm acesso a essas unidades. Mesmo assim, segundo Santos, o índice de fugas ainda seria maior que o do sistema penitenciário comum.
"O modelo da Apac é interessante e funciona muito bem para os presos menos perigosos e eles são a grande maioria (da população carcerária do país)", afirmou Beato.

Modelo americano

Prisão baseada em modelo arquitetônico americano (foto:  Asscom / Sejus)
Estado do Espírito Santo reformulou seu sistema prisional em dez anos
Há pouco mais de dez anos as unidades prisionais do Estado do Espírito Santo viviam uma situação de caos, com um cenário de superlotação, escassez de agentes penitenciários e falta de um modelo de gestão.
Os detentos chegaram a ser colocados em penitenciárias provisórias, nas quais as celas eram feitas de contêineres – o que gerava um calor insuportável e tornava o ambiente insalubre.
A situação caótica virou alvo de críticas de juristas e ativistas, que chegaram a denunciar os abusos a organismos internacionais de defesa de direitos humanos.
"Foi uma época em que vivemos uma situação semelhante à que o Maranhão vive hoje, as celas metálicas foram uma solução imediata para desafogar as unidades e depois reconstruir o sistema", disse o secretário de Justiça do Espírito Santo Eugênio Coutinho Ricas.
O governo local então decidiu investir mais de R$ 450 milhões em um processo de criação das atuais 26 unidades prisionais capixabas.
A construção delas foi feita por empresas estrangeiras e seguiu um modelo arquitetônico padronizado criado nos Estados Unidos. Cada unidade abriga no máximo 600 detentos (Pedrinhas, por exemplo, tem cerca de 2,2 mil presos). Eles ficam divididos em três galerias de celas e não se comunicam.
Os edifícios têm ainda salas específicas onde os detentos participam de oficinas profissionalizantes ou recebem atendimento odontológico e psicológico.
Segundo Ricas, o modelo diminuiu a quantidade de fugas e tumultos e dificultaria ainda a organização das facções criminosas. O esforço do Estado é visto pelo CNJ como um exemplo positivo, segundo o juiz Santos.

Modelo espanhol

Estados como Alagoas, Goiás e Mato Grosso do Sul, entre outros, estão apostando em unidades prisionais de excelência que investem na ressocialização dos presos.
O alagoano Centro Ressocializador da Capital é uma dessas prisões. Segundo o tenente-coronel Carlos Luna, superintendente geral de administração penitenciária de Alagoas, a experiência se baseia em um modelo espanhol e parte do princípio de que um tratamento respeitoso é essencial para a ressocialização dos detentos.
Contudo, uma seleção rigorosa faz com que apenas presos com bom comportamento, que nunca tenham participado de motins e que aceitem participar da experiência sejam selecionados. Eles só são transferidos do sistema carcerário comum para a unidade depois de passar por uma avaliação psicológica onde devem mostrar "vontade de mudar de vida".
Diferentemente da maioria das prisões no Brasil, sobram vagas na unidade, que foi construída para abrigar 155 detentos, mas tem atualmente pouco mais de 130. Os detentos não podem usar entorpecentes e todos eles trabalham na manutenção da unidade e em empresas conveniadas. Até presos que cumprem pena no regime fechado são autorizados a sair desacompanhados para trabalhar.
Ao acabarem de cumprir suas penas, os detentos são encaminhados para convênios do governo com empresas, para a colocação no mercado de trabalho.
"Conseguimos baixar o grau de reincidência para 5%", disse Luna.
Porém, a realidade da unidade é muito diferente do restante do sistema prisional do Estado. "É complicado aplicar esse modelo em unidades grandes", disse.

Ênfase no trabalho

Segundo o CNJ, uma unidade prisional que aplica aspectos positivos no regime semiaberto é o Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, no Mato Grosso do Sul.
Sua principal característica é a ênfase no trabalho, uma vez que a unidade possui nove oficinas de trabalho remunerado – em áreas como tapeçaria, produção de contêineres e portões e cozinha industrial.
Muitos dos presos exercem essas atividades fora do presídio e são as próprias empresas que se responsabilizam pelo seu transporte e medidas de segurança.
Em paralelo, os detentos participam de tratamento para se livrar do vício em entorpecentes.
Fonte e Fotos: BBC

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Foz: 2ª edição da Caminhada de Combate as Drogas e Violência

Foz terá 2ª edição da Caminhada de Combate as Drogas e Violência

A 2ª Caminhada de Prevenção contra as Drogas e Violência de Foz do Iguaçu, irá acontecer no dia 6 de fevereiro a partir das 17 horas. A saída será em frente a Policia Federal, na Avenida Paraná e a chegada na 3ª Pista da JK. O evento terá show da dupla Bruno e Mateus e Banda. A caminhada é promovida pela Secretaria da Juventude e Antidrogas em parceria com representantes da sociedade civil organizada e ONGs.
Segundo o médico pediatra, Camilo Antônio de Lima, presidente do Conselho sobre Drogas de Foz – COMAD/FI esta é uma ação preventiva e de conscientização da população, para a problemática do uso indevido de drogas lícitas e ilícitas. Ele disse ainda que,  em razão da caminhada anteceder ao carnaval, a ação é preventiva. “Obtivemos êxito com esta mobilização no ano passado, quando houve a diminuição dos índices de violência e de uso de drogas nesse período, segundo dados da rede de atendimento existente no município”, destacou.
Camilo Antônio de Lima informou que haverá cartazes por toda a cidade, para que a população participe da mobilização. O evento conta com o apoio de várias entidades e órgãos que trabalham na área. Entre eles Guarda Municipal, representantes da área da Infância e Juventude, Corpo de Bombeiros e outros. 

Fonte: Prefeitura de Foz do Iguaçu